Segundo o Plano de Desenvolvimento Social da Rede Social de Lisboa (2017/2021), os idosos são um dos grupos mais vulneráveis no que refere ao acesso a condições de habitação condigna, de saúde, de segurança e de cuidados sociais. As condições de habitabilidade, de mobilidade e de acessibilidade são alguns dos aspetos mais referidos como inibidores da sua participação social e como reforço do isolamento e da solidão. Desta forma, é necessário criar e/ou manter as práticas/dinâmicas de proximidade sociocomunitária, desenvolvidas numa lógica de articulação entre instituições, serviços e redes de voluntariado social, associado à divulgação de informações sobre direitos/serviços e capacitação para o exercício dos mesmos. De acordo com a Carta Estratégica da Rede Social de Lisboa 2010/2024, “o bairro deve ser a unidade estruturante, no espaço e no tempo, definidor do orgulho e do prazer da cidadania”, devendo ter uma escala humana. No contexto das consequências e desafios que a maior longevidade acarreta, a Organização Mundial da Saúde adotou, no final dos anos 90, o modelo de Envelhecimento Ativo, entendido como um processo de cidadania plena, em que se otimizam oportunidades de participação, segurança e uma maior qualidade de vida, à medida que as pessoas vão envelhecendo. Neste sentido, o envelhecimento ativo exige uma abordagem multidimensional e constitui um desafio para toda a sociedade, implicando a responsabilização e a participação de todos, no combate à exclusão social e à discriminação, na promoção da igualdade entre homens e mulheres, e da solidariedade entre as gerações.