Ficha Técnica
De acordo com o Relatório “Infeção VIH e Sida 2020” da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal já atingiu os três objetivos das metas ONUSIDA: 93,2% das pessoas que vivem com a infeção estão diagnosticadas; 90,2% das pessoas diagnosticadas estão a ser tratadas; 93,0% das pessoas que estão em tratamento têm carga viral indetetável.
Para 2030, a ONUSIDA definiu novas metas: 95% das pessoas que vivem com VIH diagnosticadas; 95% das pessoas diagnosticadas em tratamento antirretroviral; 95% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.
Embora Portugal tenha vindo a acompanhar os progressos globais e alcançado resultados significativos, estima-se que 6,8% pessoas vivem com a infeção por VIH e desconhecem o seu estado serológico; continuamos a apresentar uma das mais elevadas taxas de incidência de casos de infeção por VIH; continuamos a apresentar uma das mais elevadas taxas de diagnósticos tardios na União Europeia: em 2019, 49,7% dos novos casos de infeção diagnosticados ocorreram numa fase tardia (CD4<350 cél./mm3) e destes, 30,9% com critério de doença avançada (CD4<200 cél./mm3). De acordo com os dados fornecidos pelo INSA, Portugal tem uma epidemia concentrada e uma incidência elevada quando comparada com a maior parte dos países europeus. Lisboa, Porto e Setúbal mantêm-se como os distritos com maior número de casos de infeção por VIH acumulados. De acordo com o Programa Nacional para as Hepatites Virais “são particularmente as hepatites B e C as que se revestem de maior impacto em termos de morbilidade e mortalidade, ao serem as principais causas de doença hepática crónica nos países desenvolvidos”. Considera-se, portanto, que as diferentes formas de prevenção das infeções por VIH, hepatites virais e outras IST, o diagnóstico precoce e a referenciação hospitalar têm elevados benefícios clínicos para as pessoas infetadas e de saúde pública para toda a comunidade. O tratamento da hepatite C está disponível em Portugal desde 2015, pelo que a identificação das pessoas que estão infetadas com vista ao acesso ao tratamento é prioridade nacional.
Objetivo Geral
Contribuir para o alcance das metas da ONUSIDA: 95% das pessoas que vivem com VIH, a saber que têm o vírus; 95% das pessoas diagnosticadas com VIH 95 % das pessoas em tratamento, com carga viral indetetável.
OE1. Aumentar o conhecimento do estado serológico VIH/SIDA da população;
OE2. Garantir a referenciação hospitalar dos testes reativos para o VIH, VHB, VHC e Sífilis e adesão terapêutica;
OE3. Contribuir para o conhecimento epidemiológico e comportamental em Portugal dos públicos-alvo.
Público-Alvo
População geral
2 Enfermeiro(a)s
ViiV Healthcare Portugal
1. Realização de testes rápidos de rastreio para as infeções por VIH, VHB, VHC e Sífilis;
2. Aplicação do Questionário Coorte da Rede de Rastreio Comunitária;
3. Referenciação para o SNS dos testes rápidos de rastreio para as infeções por VIH, VHB, VHC e Sífilis reativos;
4. Articulação e acompanhamento ao SNS de utentes com diagnóstico (VIH, VHB, VHC e Sífilis) e sem adesão terapêutica;
5. Encaminhamento e articulação institucional;
6. Acompanhamento institucional;
7. Distribuição de material preventivo e ações individuais de educação para sexo mais seguro;
8. Referenciação para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PPE);
9. Realização de sessões de literacia em saúde e participação em atividades individuais e/ou em grupo/parceiros para lutar contra o estigma e a discriminação.
1. 100% dos utentes com teste reativo (VIH, VHB, VHC e Sífilis) são encaminhados para teste confirmatório e referenciação hospitalar quando consentido;
2. 100% dos utentes recebe material preventivo e beneficia de ações individuais de educação para sexo mais seguro;
3. 100% dos utentes com critérios de elegibilidade são referenciados para PrEP ou PPE quando consentido.