Sara Moinhos

Ficha Técnica

Área de Intervenção
Deteção Precoce e Prevenção da infeção por VIH/SIDA e Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST)
Duração
De Janeiro de 2022 a Dezembro de 2022
Localização
Concelhos do Porto e Barcelos
Descrição

De acordo com o Relatório “Infeção VIH e Sida 2020” da Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal já atingiu os três objetivos das metas ONUSIDA: 93,2% das pessoas que vivem com a infeção estão diagnosticadas; 90,2% das pessoas diagnosticadas estão a ser tratadas; 93,0% das pessoas que estão em tratamento têm carga viral indetetável.
Para 2030, a ONUSIDA definiu novas metas: 95% das pessoas que vivem com VIH diagnosticadas; 95% das pessoas diagnosticadas em tratamento antirretroviral; 95% das pessoas em tratamento com carga viral indetetável.
Embora Portugal tenha vindo a acompanhar os progressos globais e alcançado resultados significativos, estima-se que 6,8% pessoas vivem com a infeção por VIH e desconhecem o seu estado serológico; continuamos a apresentar uma das mais elevadas taxas de incidência de casos de infeção por VIH; continuamos a apresentar uma das mais elevadas taxas de diagnósticos tardios na União Europeia: em 2019, 49,7% dos novos casos de infeção diagnosticados ocorreram numa fase tardia (CD4<350 cél./mm3) e destes, 30,9% com critério de doença avançada (CD4<200 cél./mm3). De acordo com os dados fornecidos pelo INSA, Portugal tem uma epidemia concentrada e uma incidência elevada quando comparada com a maior parte dos países europeus.  Lisboa, Porto e Setúbal mantêm-se como os distritos com maior número de casos de infeção por VIH acumulados. De acordo com o Programa Nacional para as Hepatites Virais “são particularmente as hepatites B e C as que se revestem de maior impacto em termos de morbilidade e mortalidade, ao serem as principais causas de doença hepática crónica nos países desenvolvidos”. Considera-se, portanto, que as diferentes formas de prevenção das infeções por VIH, hepatites virais e outras IST, o diagnóstico precoce e a referenciação hospitalar têm elevados benefícios clínicos para as pessoas infetadas e de saúde pública para toda a comunidade. O tratamento da hepatite C está disponível em Portugal desde 2015, pelo que a identificação das pessoas que estão infetadas com vista ao acesso ao tratamento é prioridade nacional.

Objetivo Geral

Contribuir para o alcance das metas da ONUSIDA: 95% das pessoas que vivem com VIH, a saber que têm o vírus; 95% das pessoas diagnosticadas com VIH 95 % das pessoas em tratamento, com carga viral indetetável.

Objetivos Específicos

OE1. Aumentar o conhecimento do estado serológico VIH/SIDA da população;
OE2. Garantir a referenciação hospitalar dos testes reativos para o VIH, VHB, VHC e Sífilis e adesão terapêutica; 
OE3. Contribuir para o conhecimento epidemiológico e comportamental em Portugal dos públicos-alvo.

Público-Alvo

População geral

Recursos Humanos

2 Enfermeiro(a)s

Parceiros
Fórum Nacional da Sociedade Civil para o VIH-SIDA
Laboratório Médico de Análises Clinicas Dr. Luís Marinho
Rede de Rastreio Comunitária
Rede de Trabalho Sexual
Rede Positivo
Riscos Reduzidos em Rede - R3
UCC Baixa do Porto
Unidade de Saúde Pública do ACES Porto Ocidental
Unidade de Saúde Pública do ACES Porto Oriental
Financiadores

ViiV Healthcare Portugal

Atividades

1. Realização de testes rápidos de rastreio para as infeções por VIH, VHB, VHC e Sífilis;
2. Aplicação do Questionário Coorte da Rede de Rastreio Comunitária;
3. Referenciação para o SNS dos testes rápidos de rastreio para as infeções por VIH, VHB, VHC e Sífilis reativos;
4. Articulação e acompanhamento ao SNS de utentes com diagnóstico (VIH, VHB, VHC e Sífilis) e sem adesão terapêutica;
5. Encaminhamento e articulação institucional;
6. Acompanhamento institucional;
7. Distribuição de material preventivo e ações individuais de educação para sexo mais seguro;
8. Referenciação para Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PPE);
9. Realização de sessões de literacia em saúde e participação em atividades individuais e/ou em grupo/parceiros para lutar contra o estigma e a discriminação.

Resultados

1. 100% dos utentes com teste reativo (VIH, VHB, VHC e Sífilis) são encaminhados para teste confirmatório e referenciação hospitalar quando consentido;
2. 100% dos utentes recebe material preventivo e beneficia de ações individuais de educação para sexo mais seguro;
3. 100% dos utentes com critérios de elegibilidade são referenciados para PrEP ou PPE quando consentido.