Perante uma plateia composta por administradores hospitalares, dirigentes e representantes de instituições de saúde e sociais, partilhámos a nossa visão sobre a importância da proximidade, da confiança e da cooperação na construção de respostas de saúde com verdadeiro impacto nas comunidades.
Mais do que atual, o tema reforça a ideia de que a complementaridade deve ser a base de qualquer trabalho em saúde.
A intervenção da Médicos do Mundo destacou quatro pilares da nossa ação:
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Comunidade: o território como ponto de partida.
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Cuidados: o coração da ação.
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Confiança: a base de qualquer relação em saúde.
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Parcerias locais: o caminho para impacto duradouro.
Porque cuidar é também empoderar pessoas e fortalecer o tecido social.
Porque pequenas ações em território podem inspirar políticas públicas e práticas de maior escala.
E porque reforçar a confiança e a cooperação é essencial para um modelo de desenvolvimento mais justo e humano.
A Médicos do Mundo nasceu em França, em 1980, movida pela convicção de que a saúde é um direito universal — não um privilégio reservado a alguns. Desde 1999, em Portugal, tem estado presente onde os outros não estão, de forma discreta, mas profundamente transformadora — junto de pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes, minorias, reclusos e comunidades afastadas dos centros urbanos.
A nossa força está na proximidade e na escuta. No trabalho de equipas que vão ao terreno, que conhecem as pessoas pelo nome, que cuidam com dignidade, respeito e humanidade.
Num tempo em que as desigualdades em saúde aumentam, recordamos que a saúde pública é, acima de tudo, uma questão de justiça social.
A Médicos do Mundo é, hoje, um exemplo de coerência entre valores e prática, entre ética e ação — a prova de que cuidar de alguém é, no fundo, cuidar de todos nós.
