Quatro caminhadas, sessões de esclarecimento para idosos e brincadeiras entre gerações. Durante o mês de Agosto, o Projecto Terceira (C)Idade levou os seus beneficiários a passear pelo Porto e pela sua infância, aprendendo pelo caminho.

Nos dias 10, 17, 24 e 31 de Agosto, o projecto Terceira (C)Idade (TCI), da Médicos do Mundo juntou-se à iniciativa “Caminhar +”, organizada pelo Centro Social e Paroquial de São Nicolau.

Terceira (C) Idade leva idosos a Caminhar +

 

Com o objectivo de sensibilizar os beneficiários para a importância do bem-estar físico, psíquico e social, o projecto TCI participou nas quatro caminhadas, com percursos diferentes. O aquecimento inicial e os alongamentos finais foram promovidos pela terapeuta ocupacional da Médicos do Mundo, que refere serem fundamentais para qualquer tipo de actividade física.

“Com uma sequência de exercícios muito simples é possível movimentar o corpo todo, evitando, ou pelo menos retardando, a perda natural e progressiva da flexibilidade, especialmente após os 60 anos.” – afirma Sara Moura, Terapeuta Ocupacional da Médicos do Mundo

Terceira (C) Idade leva idosos a Caminhar +

 

Em cada dia de caminhada, os beneficiários tiveram também direito a sessões temáticas de esclarecimento na área da saúde. No dia 10 de Agosto, a caminhada teve como meta a Ponte do Freixo e culminou com uma sessão de informação e sensibilização sobre “Doença Venosa” promovida pela Farmácia Moreno. Por sua vez, a caminhada do dia 17 culminou na Ponte da Arrábida, com uma sessão de informação e sensibilização “Saúde do seu pé” dinamizada também pela Farmácia Moreno. A caminhada do dia 24 levou o grupo até perto da Afurada em Vila Nova de Gaia e findou com uma sessão de informação e sensibilização “Tropeções, quedas & trambolhões” preconizada pela Médicos do Mundo. A última, no dia 31, teve como destino a Praia do Areinho em Oliveira do Douro, onde se promoveu um picnic partilhado e “Jogos tradicionais para miúdos e graúdos”.

“Os jogos tradicionais revelaram-se um excelente mote para o término desta iniciativa, não só porque aproximou os miúdos dos graúdos, mostrando que existem brincadeiras intemporais, mas também pela oportunidade que foi proporcionada aos mais velhos de reviver o seu passado, de abrir a caixa das recordações e trazer à memória o encanto dos divertidos momentos da meninice de cada pessoa: as correrias desenfreadas, as gargalhadas; os risinhos e as fantasias.” – afirma Sara Moura.

Terceira (C) Idade leva idosos a Caminhar +

 

Nesta aproximação de gerações, os mais pequenos distanciaram-se do mundo digital e viveram as experiências proporcionadas pelos jogos tradicionais.

“Estamos a viver um tempo de uma enorme mudança social, numa sociedade que vive numa profunda crise de valores, cada vez mais individualista, por isso é importantíssimo aproximar as pessoas, ensinar as crianças a brincarem, a descobrirem o tesouro que são os jogos de antigamente, que passam de geração em geração, e que transportam um valioso legado cultural que devemos preservar e dar a conhecer.” – refere Sara Moura.