Foi uma das três mulheres que amei na vida: a minha avó, Guilhermina da Silva Carvalho; a minha sogra, Joana Fernandes Rodrigues, mais que minha mãe; e ela, a minha Rosa, a minha mulher!
Tinha 13 anos, na primeira vez que a vi. Rosa Fernandes Rodrigues, a minha Rosa…
Aos 13 anos fui viver para um lar no Carvalhido. Ela também estava lá, pois era de uma família carenciada.
Nessa altura, cruzávamos os olhares imensas vezes. Ela disfarçava…
Lembro-me bem dos campos em volta do lar. Muito verdes e bonitos. De vez em quando encontrávamo-nos lá. Trocávamos mimos e carícias.
Nessa altura, eu já gostava dela.
Mas aos 18 anos saí do lar e a nossa vida “desencontrou-se”.
Um certo dia, no Carvoeiro, nas escadas do Codeçal, encontrei-a. Ela convidou-me para ir a sua casa, visitar a sua mãe. Desde aí, não mais nos largamos.
A maior alegria que me deu foi vê-la descer as escadas do Hospital de Santo António com os nossos filhos nos braços e com o enxoval.
Era uma grande mulher. Amava tudo nela. E amei-a todos os dias. Todos os dias!
Conheci a Médicos do Mundo depois de ela falecer e têm-me acompanhado até aos dias hoje.
Isto do amor é gostar muito de alguém e ser fiel. O Homem tem que respeitar a Mulher para ser respeitado.
É com histórias como esta que aprendemos o verdadeiro significado da Vida e que nos inspiramos para levar cuidados de saúde a quem mais precisa.
Que o amor continue a unir as pessoas à Médicos do Mundo!
“O amor, quando nasce, só vê a vida, o amor que dura vê a eternidade.”
Victor Hugo, em Carta a Juliette Drouet.