Esta agressão deixou mais de 400 mortos, principalmente civis, incluindo mulheres e crianças. A situação em Gaza já era crítica, devido ao cerco total imposto pelas autoridades israelitas há mais de duas semanas, que bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária no território.
A retoma dos ataques e a emissão de ordens de deslocamento forçado em áreas inteiras da Faixa de Gaza agravam ainda mais a crise humanitária, levando centenas de famílias a viver num ciclo de deslocamento recorrente, que persiste há um ano e meio.
Uma violação inaceitável do direito internacional humanitário
A retoma dos bombardeamentos indiscriminados e dos deslocamentos forçados em Gaza constitui uma clara violação dos princípios fundamentais do direito internacional humanitário.
A comunidade internacional não pode permanecer em silêncio perante a manipulação da ajuda humanitária como ferramenta de pressão política, nem perante a violação sistemática dos direitos humanos nos Territórios Palestinianos Ocupados.
A necessidade urgente de um cessar-fogo permanente
Após meses de destruição e sofrimento, a população palestiniana em Gaza não pode passar novamente por massacres, mutilações, deslocamentos forçados e a demolição de infraestruturas civis essenciais.
O cessar-fogo ofereceu uma oportunidade para fazer face ao sofrimento acumulado e reconstruir o sistema de saúde após o seu colapso intencional.
A Médicos do Mundo apela aos líderes internacionais para que, com urgência, assumam a responsabilidade e exerçam uma pressão política eficaz sobre Israel.
É essencial parar os ataques, garantir pleno acesso humanitário e comprometer ambas as partes no conflito a estabelecer um cessar-fogo permanente.