Eu arrisco-me a dizer: podemos sair de África, mas África nunca sai de nós. Ouvi esta frase uma semana após ter regressado de São Tomé e começo a achar veemente que transporta consigo uma verdade imensa. Se não for assim, como se justifica que, quando interpelada sobre a experiencia que tive (de apenas um mês!), o meu corpo ainda vibre e a minha mente se transporte automaticamente para São Tomé? E porquê? Não sei justificar exatamente porquê, mas arrisco-me a dizer que seja pelo facto de termos ido no regime de voluntariado, com a mente e o coração abertos, e com a convicção de que iríamos dar sem receber. Mas a verdade é que recebemos…muito mais do que estaríamos à espera! Talvez seja exatamente por isso que o pouco que recebemos se transforme em muito, pela surpresa da sua existência. Sempre quis fazer voluntariado, acho que temos que contribuir de alguma forma para a sociedade e, depois desta experiência, vim com as forças renovadas para continuar em projetos de voluntariado de saúde em território nacional.