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No passado dia 7 de novembro, a Médicos do Mundo marcou presença na 16.ª Conferência de Valor da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), realizada em Vila Nova de Gaia. A organização foi representada pela vice-presidente Ana Marques da Silva, que integrou o painel ‘Comunidade, Cuidados e Confiança: Parcerias Locais com Impacto’.

Perante uma plateia composta por administradores hospitalares, dirigentes e representantes de instituições de saúde e sociais, partilhámos a nossa visão sobre a importância da proximidade, da confiança e da cooperação na construção de respostas de saúde com verdadeiro impacto nas comunidades.

Mais do que atual, o tema reforça a ideia de que a complementaridade deve ser a base de qualquer trabalho em saúde.

 

A intervenção da Médicos do Mundo destacou quatro pilares da nossa ação:

  • Comunidade: o território como ponto de partida.

  • Cuidados: o coração da ação.

  • Confiança: a base de qualquer relação em saúde.

  • Parcerias locais: o caminho para impacto duradouro.

 

Porque cuidar é também empoderar pessoas e fortalecer o tecido social.
Porque pequenas ações em território podem inspirar políticas públicas e práticas de maior escala.
E porque reforçar a confiança e a cooperação é essencial para um modelo de desenvolvimento mais justo e humano.

A Médicos do Mundo nasceu em França, em 1980, movida pela convicção de que a saúde é um direito universal — não um privilégio reservado a alguns. Desde 1999, em Portugal, tem estado presente onde os outros não estão, de forma discreta, mas profundamente transformadora — junto de pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes, minorias, reclusos e comunidades afastadas dos centros urbanos.

 

A nossa força está na proximidade e na escuta. No trabalho de equipas que vão ao terreno, que conhecem as pessoas pelo nome, que cuidam com dignidade, respeito e humanidade.
Num tempo em que as desigualdades em saúde aumentam, recordamos que a saúde pública é, acima de tudo, uma questão de justiça social.

 

A Médicos do Mundo é, hoje, um exemplo de coerência entre valores e prática, entre ética e ação — a prova de que cuidar de alguém é, no fundo, cuidar de todos nós.