Numa altura em que Gaza enfrenta o segundo inverno sob bombardeamentos, este acordo traz um vislumbre de esperança e de alívio para as nossas equipas no terreno, para toda a população civil, bem como para os reféns, prisioneiros e suas famílias. Contudo, este anúncio permanece frágil, sujeito a muitas etapas e condições. A cautela é, portanto, essencial para garantir a implementação eficaz deste acordo e prevenir o regresso à violência.
O acordo deve agora ser acompanhado sem demora pelo levantamento de todas as restrições à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, para atender às necessidades urgentes dos 1,9 milhões de pessoas deslocadas internas que vivem em condições desumanas.
A reconstrução de Gaza, particularmente do seu sistema de saúde, sistematicamente alvo da destruição pelo exército israelita, deve ser uma prioridade. Israel, como potência ocupante, e a comunidade internacional devem permitir a reabilitação urgente de hospitais e centros de saúde. As nossas equipas estão prontas para apoiar e contribuir para este esforço essencial de reconstrução, juntamente com atores locais e internacionais.
"Há mais de um ano que, todos os dias, os palestinianos perdem familiares, amigos, as suas casas e bairros. Constantemente deslocados, estão privados de cuidados de saúde, alimentos e água. O seu sofrimento é imenso. Este acordo deve rapidamente levar a um cessar-fogo duradouro para restaurar hoje o acesso aos cuidados de saúde e iniciar amanhã o caminho da reconstrução", afirma Jean-François Corty, presidente da Médicos do Mundo França.
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